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Causos cotidianos, parte III

Causos cotidianos, parte III

Diziam que era tão má motorista a Rosinha que o marido tinha medo até quando ela lhe dirigia a palavra.

Na Marginal do Tietê as esperanças de dias melhores para a cidade de São Paulo se esvaem. O sentimento de expectativa retorna depois de já alguns quilômetros rodados na Dutra.

A primeira vez que o Genivaldo encontrou com a Laurinda foi inesquecível. Pelo menos para ela, que pediu o divórcio quando ele confundiu o dia com quando conheceu a Marinalva, rival de samba e de homem. Hoje, Genivaldo não sossega enquanto não treina as palavras para não irritar a Marinalva e não dar ponto sem nó, é danada a tal da mulher.

Dentro da boleia de seu caminhão Maria José consegue finalmente assumir o seu real papel na vida, o de José Maria.

Reginaldo não sabe mais o que fazer. Já perdeu grande parte de sua freguesia. Dia após dia vê sua carteira de clientes fiéis reduzir-se. É difícil convencer ser verdadeira a honestidade apresentada pelo taxista na cidade do Rio de Janeiro.

O pequeno Heitor acreditava, até os 7 anos, ser ele um verdadeiro super-herói. Depois, até os 14, alimentou o sonho de ser jogador de futebol. Até os 19, seu único objetivo era perder a virgindade. Ao obter sucesso nesta última, aprendeu que nada, além disso, vale a pena.

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