Eu sempre gostei de escrever. De ler, também. De estudar, quando não obrigatório, o que me faz estudar muito mais hoje, sobre temas relacionados ou não à minha empresa, do que quando estudante, por exemplo.
Lá em 2009 eu comecei a brincar um pouco mais de escrever. Em 2010 publiquei o meu site, o http://gpgalo.com, onde eu poderia concentrar todas as minhas baboseiras. Mundo mudou, tipo de mídia também, Youtube domina, vídeo é o que há, foto é o que há. Mantenho-me, de certa forma, parado aqui vendo os carros passar. Como disse, gosto de escrever. Sempre gostei. Muitos textos foram excluídos dentro da versão 1.6 do site, afinal, 1.0 tem incentivo fiscal, mas com o tempo percebemos que já não é assim tão legal.
Crônicas sempre me atraíram. A visão do cotidiano é sempre mais rica. Um quê de um humor fino para acompanhar a vida que se passa. Veríssimo fez parte da construção do que entendo por boas crônicas fantasiosas. Millôr leva consigo o auge da ironia. Machado destilava sarcasmo na virada para o século 20. Manuel Bandeira levava a suavidade poética à dureza do real. Ah, são tantos…
Não que sequer me fantasie estando ali com eles, dividindo mesa. Referências, afinal, também devem ser reverenciadas.
Acontece que desde a semana passada, estou me impondo um novo hábito: escrever algo novo diariamente. Ou pelo menos publicar diariamente. Uma meta audaciosa, que certamente será quebrada logo ali, em breve. Metas existem, muito mais do que para serem alcançadas, para serem quebradas.
Entendo hoje que, no que se refere à questão de metas, a presidente afastada foi mal interpretada. Dobrar, quando disse ela, não se referia ela a duplicar, mas sim a modificar, enganar. Assim como o aluno dobra o professor quando diz que o cachorro comeu o trabalho, justamente porque caiu ketchup em cima.
Essas artimanhas semânticas são uma fonte inestimável de curiosidades. Advogados, relações públicas, propagandistas, políticos, e tantos outros ganham para articular dubiedades.
Então, em verdade, vos digo: esta minha meta será dobrada.
Cumprir ou não, no entanto, em nada muda a vida de ninguém. Se nem a minha, ora, que haverá a de alguém mais?