Para contextualizar imprensa nacional, eu quebrei a pauta em 3 partes.
A primeira diz respeito à conceituação de imprensa nacional. É comum se confundir abrangência nacional, algo que somente veículos de Rio e SP conseguem ter, com imprensa nacional. Imprensa nacional é um corpo disforme composto por um emaranhado de veículos incoerentes entre si. Aliás, mesmo os veículos de abrangência nacional têm vícios de origem.
A segunda parte diz respeito a apelo mercadológico, ou seja, para quem cada veículo fala. Os meios de comunicação atendem ao público que maximiza sua audiência e, por consequência, seu faturamento. Há uma regra perversa de mercado: comunicação em massa precisa de abrangência. Assim, quanto maior a audiência, maior ainda será a fatia de patrocínio daquele meio.
A terceira parte fala de estereotipização, e ela parte da visão histórica que público-alvo tem dos outros. A entrada de novas linguagens e novos produtos é facilitada pela percepção de superioridade. Aceita-se melhor o que é visto como superior (Liga dos Campeões da Europa, por exemplo); já o inferior é tido como o exótico-ameaçador, aquele de quem não se sabe muita coisa além dos estereótipos preconceituosos e com quem se mantém contato muito eventualmente.
Mídia, portanto, tem origem, tem público, e tem linguagem adaptada a este público.
Entendo que o papel de todos, profissionais de comunicação ou não, para além de pedir espaço nas redações alheias, deveria ser o de priorizar construir o seu território, a sua mídia própria ao seu modo.
Exemplos não faltam; Aqui na Bahia e em todo o Nordeste, temos excelentes nomes que produzem conteúdo com qualidade irretocável. É fundamental jogar junto, incentivar, interagir, acompanhar, compartilhar e valorizar o que é nosso. Vamos virar o jogo: Se ninguém sabe como tratar do Nordeste, vamos fazer o Nordeste ensinar.
É nesse ganho de força local que se insere este conteúdo nas mídias de abrangência nacional de maneira permanente: tornando-o tão grande que não possa mais ser ignorado.
Eu sou o Gabriel Galo e esse foi o Mais que 90 segundos especial para o Futebol S/A. Tom, Cassito, Alvinho, Txelo, Renatinho, que alegria estar de volta, bicho! Tamo junto! Vida longa ao futebol S/A! Queria poder estar aí no estúdio e dar um abraço Tomaz Assmárico em cada um de vocês.
Acompanhe todos os áudios e textos do quadro “90 segundos” do Futebol S/A clicando aqui.
Ouça o programa completo sobre imprensa nacional no Spotify e Google Podcasts.
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