A palavra que resume uma reordenação de forças na geopolítica do futebol é consistência. Neste esporte tão solidificado, a renovação é lenta e geracional.
A subida ou queda de um clube deve ser colocada na perspectiva de sua trajetória. E a probabilidade de sucesso no longo prazo, depende da construção de uma base de torcedores apaixonados e engajados.
Narrativas de quem pede passagem
Num mundo que busca a consolidação de leis de SAs e cada clube acredita ser capaz de atrair um bilionário qualquer, empurrando a fórceps essa readequação de tamanhos, é fundamental entender uma premissa: clubes de futebol têm lucratividade limitada quando comparada ao faturamento que obtêm.
Clubes novos travam justamente neste quesito. Uma vez seca a fonte das cifras milionárias, os donos do dinheiro seguem a novas aventuras, abandonando o espólio sem pudor.
Mais acima, clubes tidos como médios pedem passagem e almejam lugar entre os grandes. O caso mais emblemático talvez seja o do Athletico-PR. Também podemos falar do embalo de outros, como Bahia, Ceará, Fortaleza e Sport. A pergunta-chave cairá sempre num limbo narrativo complexo: em que momento um clube se torna efetivamente comparável a um imaginário nível acima?
Nova geopolítica do futebol?
Isso depende da recorrência de onde se briga. A partir do momento em que a posição ocupada se torna regra, o patamar começa a mudar.
Consistência de resultados gera histórico, que constrói base de torcedores, que eleva o poder financeiro potencial de um clube, num ciclo que se retroalimenta.
Ser-se grande é, portanto, uma soma de causas e consequências. Demanda tempo pra fincar raízes. E se consolida no ponto em que essa discussão de nova geopolítica do futebol sequer se faz necessária, quando torna-se, enfim, verdade incontestável.
Eu sou o Gabriel Galo e esse foi o 90 segundos para o Futebol SA. Me acompanhe também nas redes sociais pelo @souogalo e pelo papodegalo.com.br. um forte abraço e até a semana que vem.
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