Ontem, em plena sexta-feira santa, enquanto deitado, relógios com ponteiros levantando as mãos aos céus – não venha me chamar de preguiçoso, porque, sim, sou, mas era feriado. Ô, injúria, me deixe! – ouço vindo da rua o apito que me deixou automaticamente empolgado.
– Olha, Carolina, é esse o apito! O apito do amolador de faca!
Desconhecedora ainda de muito do que é Bahia, Carol tem passado já há um bom tempo por períodos intensivos de treinamento para ser uma pessoa melhor. Ou seja, aprender colé de mermo, vu, véi? Se ligue!
Ele logo se foi.
Mais tarde, enquanto me entreguei a atividades do lar, mãos cheirando a Q-Boa – quem é preguiçoso agora, sacripanta? Hein? Hein? – encontrei um jogo de facas, daqueles que se espeta na madeira, sabe? Arrumei espaço para o conjunto na cozinha. Fui, então, checar se a profecia da função esperada do objeto se realizaria, mas qual o quê, estavam completamente sem fio.
Pense…
Porra! Bem agora que eu tenho o que amolar e posso utilizar-me do serviço vintage de amolador que por ali passava, vacilei.
Posso apenas me render à frustração.
– Volta aqui, hômi, seu moço! Venha amolar as minhas facas, que eu quero ter 10 anos de novo!
Se essa semana passar outrem tocando triângulo, escaldado e escolado que fiquei, juro!, eu me acabo, “desce o balde todo!”, e vou nadar numa piscina de taboca.
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