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Causos cotidianos, parte V

Causos cotidianos, parte V

Vivia triste a Marieta. Sabe como é criança, pirraça demais até sair do eixo. Acontece que o nome era bom de rima. Um dia, então, conheceu o Juvenal. E acreditaram terem sido feitos um para o outro.

– Patrícia, desce já daí, menina! Você vai se machucar! Gritava a mãe quase o dia inteiro, todo dia.

Campeã mundial de escalada, Patrícia até hoje não teve a companhia da mãe em qualquer de seus campeonatos.

—-

Pouco antes do pau comer, ouvia-se.

– Irado.
– Massa.
– Maneiro.

Concordavam, mas suspeitavam que não. Quantas discussões já se iniciaram com todo mundo concordando, não é mesmo?

Lá em Belém contam a história de Maricota, que está desenxabida. Desempregada há uns bons meses. Descuidou-se do físico, da imagem como um todo. Recebeu uma proposta para trabalhar no Ver-o-Peso. Acha absurdo passar por este tipo de provação.

– Onde já se viu? Isso é discriminação!

Veridiana, mas pedia para chamá-la de Vera. Era vizinha da Loredana, que pedia para que a chamasse de Lorena. Brincavam com a Marineide, Marina!, vivia a corrigir. Irmã do Maicossuel, que virou Maicon a seu próprio pedido. Era a turma quase toda assim.

Passaram-se os anos, perderam contato. Vai saber qual nome estão usando no Facebook.

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