No dia 20 de janeiro de 2016, Lula, em café-da-manhã com blogueiros no Instituto Lula, soltou o verbo. Em meio a uma devassa em sua vida, que continua e, enquanto houver indícios, procurarão fogo, disse:
“Não existe viva alma mais honesta do que eu neste país.”
Corta pra ontem.
Em discurso após a apresentação do Deltan Dellagnol, em Curitiba, Lula apelou para sentimentalismos. Fugiu da discussão da figura jurídica, que militante não entende, não quer entender, quer apenas Lula lá, chorando e se esvaindo em oratória.
No que, talvez inspirado por Dilma Rousseff e seus finados discursos infames, larga a bomba:
“De em vez quando falo que as pessoas achincalham muito a política, mas a profissão mais honesta é a do político. Sabe por quê? Porque todo ano, por mais ladrão que ele seja, ele tem que ir pra rua, encarar o povo e pedir voto. O concursado não! Se forma numa universidade, faz um concurso e está com emprego garantido pro resto da vida.”
Se para Lula, então, honestidade é pedir voto todo ano, não existe, realmente, viva alma mais honesta que ele neste país.
E você aí, preso ao conceito rígido de honestidade, aquele que prega o dicionário e qualquer bom senso. Tsc, tsc, tsc.
Viu? Era apenas uma questão de entendimento.
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