Futebol S/A
Desde dezembro de 2019, Gabriel Galo é colunista do programa Futebol S/A, da Rádio Sociedade da Bahia, um dos melhores e mais completos programas sobre futebol e negócios do país. Sua coluna “90 segundos” vai ao ar todo sábado, e complementa a pauta do programa, enriquecendo-o ainda mais.
Há muito tempo eu decidi algo que me trouxe muita paz de espírito: não entre em debate de ranking de absolutamente nada. É só treta.
Apesar de todos os avanços e estudos, o futebol continua esporte essencialmente, em que o imponderável tem papel fundamental.
Compreender o viés humano e a representatividade de Diego Maradona para o povo argentino engrandece ainda mais o significado do craque.
Se o afastamento é o pecado original, entendo que é no estreitamento de laços humanos que podemos restabelecer a fé na Seleção Brasileira.
Ter eleições no futebol é apenas uma parte do que envolve democratizar os clubes. Associar-se é garantir o exercício de cidadania torcedora.
Uma nova geopolítica do futebol se faz com consistência, histórico e base de torcedores. Acelerar artificialmente esse processo é impossível.
O fim do primeiro turnoé simbólico para entender quais as pretensões de cada clube. E indica realidades que podem ser difíceis de se aceitar.
Em tempos de isolamento social, arquibancadas vazias são a regra. E o marasmo de de um estádio sem alma testa o amor à distância do torcedor.
O clube empresa é evolução ao futebol, desde que protegido de aventureiros e respeitando aspectos socioculturais e propriedade da torcida.
Ganho de escala é regra do crescimento. E aumenta o poder de barganha em negociações. É clichê, mas é verdade: a união faz a força.