Cresci no fim de uma rivalidade regional que perdeu força, mas se mantém no peito dos mais antigos: Bahia x Pernambuco. Aquele embate sem motivo que fazia Luciano Todo-Duro e Reginaldo Holyfield fazerem de ringue qualquer estúdio de entrevista ou via pública.
Nunca me desceu a rivalidade. Até porque, por onde olhasse, bairrista que sou, nem se tinha vez. Não tinha Alceu que desse conta de Caetano, Gil, João Gilberto, Dorival e outros. Letras? Tome Jorge Amado. Artes plásticas? E você acha que um estado que gesta Romero Britto merece crédito, criatura?
E antes de você com sua boca mole vir falar de Ariano Suassuna, apesar de sua ligação ao Pernambuco, ele veio ao mundo na Paraíba.
Mas aí, né, porra, Pernambuco.
O leque de abertura às coisas do mundo foi se ampliando e fui tendo mais contato com um certo Luiz Gonzaga.
E, minha gente, hei de abrir o coração. Lula, Seu Lua não era desse mundo, não.
Pois se em 11 meses do ano os outros disputam protagonismo, junho é DELE. Nem adianta contestar, espernear, fazer beicinho, que eu não posso fazer nada. É o que é. Em junho, perto do fenomenal contador de histórias do Exu, que dissertou sobre as coisas do sertão como nenhum outro, todo mundo é mininico. Todo mundo é coadjuvante. Todo mundo se ajoelha em reverência ao mestre.
E de lambuja ainda meteram um Dominguinhos no meio. Desisto.
Porra, Pernambuco!
Crônica publicada com exclusividade na Papo de Galo_ revista #4.
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