Peraí, Fluminense!
Coé, mermão?
Não é que eu seja conservador.
Tampouco significa que eu não saiba da importância que o patrocinador tem para o esporte. Estar com a frente da camisa limpa é sinal de perda de valor da instituição, que não atrai dinheiro como gostaria—em meio à crise no Brasil, quem o faz?—e com isso perde poderio para armar esquadrões melhores.
Tudo isso eu sei.
Mas, você há de concordar. A beleza de um uniforme de futebol sem patrocínio é sublime.
Talvez porque remeta a uma época de antigamente, do futebol-paixão, que, se transacionava altas somas, mantinha o manto limpo e a geral torcendo dentro do estádio. Memória afetiva.
Ainda mais quando um uniforme é, talvez, algo surreal. Algo como o padrão #1 do Fluminense carioca.
Há um tempo fui cancelado por conta de uma crônica sobre o Bahia, rival do meu time de coração. Teimoso, incorro no mesmo risco agora.
Possivelmente não há uniforme mais belo que estes recentes do Fluminense.
Por quê?
Ah, você é dessas pessoas, é?
Então tome: porque sim.
Posso nem falar do que gosto que o povo fica cheio de me convença.
É a porra um negócio desse?
Crônica publicada pela primeira vez com exclusividade na Papo de Galo_ revista #5, página 50.
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